Seja Bem Vindo ao Na Terra do Café, embora ainda em construção, espero que seja a primeira de muitas visitas a este espaço. Barra do Choça agradece e convida a conhecê-la.

sábado, 21 de novembro de 2009

Vegetação


Considerando o mapa de Cobertura Vegetal do município de Barra do Choça, confeccionado com base no Mapa de Cobertura Vegetal da Folha SD.24 Salvador (Ibidem), verifica-se que a área era recoberta originalmente por três tipos de vegetação: Floresta Ombrófila Densa, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Estacional Decidual. A região da Floresta Ombrófila Densa corresponde a uma pequena porção do município localizada nos terrenos geológicos do Complexo Caraíba-Paramirim, notadamente na divisa com o município de Caatiba e de Itambé. A explicação para a existência desse tipo de formação arbórea na área se deve as altitudes razoáveis do Piemonte Oriental do Planalto de Vitória da Conquista, que contribuem para o aumento dos índices pluviométricos em razão das chuvas orográficas. Atualmente, o uso dessas terras é destinado para agricultura e pastagem, de forma que os poucos remanescentes da cobertura original existentes são mal conservados e localizados em topos de morros e algumas nascentes de rios. A região da Floresta Estacional Semidecidual distribui-se por uma faixa orientada no sentido sudoeste/nordeste do município formando uma área de transição entre a Floresta Ombrófila Densa e a Floresta Estacional Decidual localizada em terrenos do Complexo Caraíba-Paramirim. Normalmente, a percentagem das árvores caducifólias no conjunto da floresta fica em torno de 20 a 50% e sua existência está diretamente ligada a ocorrência de estação seca não muito pronunciada. Atualmente, o uso dessas terras é destinado para agropecuária e pastagem. A região da Floresta Estacional Decidual ocupa a maior parte do município, notadamente o quadrante centro-norte onde se localizam os terrenos geológicos conhecidos como Coberturas Detríticas do Terciário Quaternário. Nessas áreas o período seco é maior e o percentual de decidualidade foliar dos indivíduos dominantes passa a ser de 50% ou mais na época desfavorável, o que indica uma maior durabilidade do período seco. O uso atual dessas terras engloba Vegetação Secundária com Palmeira, Agricultura com Cultura Permanente e Agropecuária e Pastagem. Verifica-se que nenhuma das formações florísticas originais teve a sua continuidade temporal e espacial assegurada, sendo gradativamente substituída pelas atividades antrópicas relacionadas à agricultura e à pecuária, trazendo prejuízos inestimáveis para a flora e para a fauna e os remanescentes florestais existentes são fragmentados e incapazes de refletir a riqueza primitiva. Os rios existentes em Barra do Choça fazem parte da margem direita do médio Rio Pardo e, em função das características do relevo, suas águas correm para duas bacias de captação distintas. Na porção centro-norte do território barrachocense os afluentes despejam suas águas no rio Catolé que, seguindo uma orientação sudeste desemboca no rio Pardo, nas imediações de Itapetinga. Na porção meridional do município, os rios seguem a orientação sul até desembocarem no rio Verruga, outro afluente do rio Pardo, nas proximidades de Itambé. Em relação aos indicadores socioeconômicos, após a implantação da lavoura cafeeira em Barra do Choça, em 1973, o município atingiu um considerável crescimento, graças à ampla soma de recursos aqui investidos. Um aspecto, no entanto, não correspondia na mesma proporção à geração de riquezas: os indicadores sociais. É que a lavoura cafeeira, embora empregue farta mão-de-obra durante o período de colheita, não apresenta o mesmo retorno econômico para as famílias dos trabalhadores. Assim, o grau de pobreza e de dificuldades econômicas de parte da população local se agravava à medida que as crises da cafeicultura se sucediam. No início da década de 90, por exemplo, os indicadores sociais do município estavam desfavoráveis. Quem nascesse em Barra do Choça naquele momento, possuía uma esperança de vida em torno de 60 anos, enquanto a mortalidade infantil chegava ao número assustador de quase 68 crianças mortas, entre mil nascidas vivas, antes de completar um ano.

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